Administração pública no Brasil

A administração pública é uma ciência que nem todos a desempenha com eficiência e sucesso. Para ter sucesso nesse tipo de administração é preciso ter dom, responsabilidade e compromisso com a coisa pública. É muito diferente da administração privada, que é ágil e a lei permite fazer tudo que não for proibido. Enquanto que na pública, só se pode fazer o que a lei autoriza. Acredito que esse seja um dos pontos que  os gestores cometem mais equívocos administrativos. Quem cuida da coisa pública tem que ter muito cuidado, pois trata-se de recursos vindos do povo, para serem aplicados nos serviços públicos que atenda o conjunto da sociedade.

Um dos maiores entraves da administração pública sempre foi e continua sendo a burocracia. Esse é o entendimento da maioria da sociedade e dos gestores públicos. O que não é comum e nem compreensível é a convivência com essa situação, sem nenhuma iniciativa de mudanças. Lembro-me do Ministério da Desburocratização, que nunca mais se ouviu falar, foi dirigido pelo então ministro Hélio Beltrão, e criado para agilizar o processo administrativo brasileiro. É injustificável que todos reconhecem que o processo atual é superado, dificulta o trabalho, mas as autoridades não fazem nada para melhorar este sistema.

O PMDB e o PT, com o apoio dos partidos aliados, governam as três maiores cidades do Estado. Como sempre acontece, uns elogiam as administrações e outros as criticam. Esse é um dos procedimentos próprios do regime democrático. Porém, nenhum governante deve esquecer do seu compromisso com o povo. Segundo as vozes que vem das ruas, Aparecida de Goiânia e Anápolis, estão sendo muito bem administradas. Enquanto que Goiânia, por ser a Capital do Estado, o centro do poder estadual, tem mais gente, mais problemas e maior cobrança por parte da mídia e da população. Em Goiânia, tudo que se faz ou deixa de fazer, vira notícia e muita visibilidade. Mesmo assim, no que pese os acidentes de percurso, a administração do município está sendo vista como muito boa. Por outro lado, não há obstáculo que não possa ser superado na administração, quando se tem uma boa equipe e o apoio da sociedade.

Na minha opinião, os gestores desses três municípios deveriam, já nos primeiros dias de 2014, prepararem as suas equipes  para ocuparem as cidades, cada uma na sua área de competência, para promoverem um grande mutirão permanente de trabalho, mostrando, desta forma, que as oposições em Goiás estão prontas e preparadas para bem administrarem o Estado. Penso, também, que esse deve ser um dos caminhos à serem percorridos rumo à vitória nas próximas eleições. É preciso que as oposições busquem o entendimento o mais rápido possível, evitem criticar os próprios companheiros e coloquem o povo em primeiro lugar. É importante que deixem de lado as ideologias partidárias e firmem-se no sentimento de dar de si antes de pensar em si.

Ouso sugerir que os gestores públicos invistam nas prioridades reclamadas pelo povo nas ruas, como saneamento básico, segurança pública, saúde, educação, meio ambiente e prevenção e combate às drogas. Por último, convém que os administradores cuidem primeiro das necessidades básicas do cidadão e que façam de suas cidades um exemplo de organização e cuidados. Lembrem-se que, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis são os maiores e decisivos colégios eleitorais do Estado. Procurem mostrar tudo que fizerem e tornem as administrações mais visíveis e transparentes.

(Gercy Joaquim Camêlo,governador do Rotary International Distrito 4530, Gestão 2012/2013)

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